sexta-feira, 26 de junho de 2009

Capítulo 3

Todos os dias em torno das 12h45, Marcelo a vinha buscar para irem juntos à escola e é claro que não seria diferente agora. Angélica, com dor no coração, despediu-se de sua mãe, pegou o material escolar e saiu com seu amigo rua abaixo. A escola ficava a cinco longos quarteirões da casa de Angélica, o que lhes dava aproximadamente quinze minutos de conversa até que chegassem e fossem cada um para sua sala.
Durante metade do trajeto, não trocaram muitas palavras, o que ajudou o garoto a perceber que havia algo errado. Tudo o que o menino fez foi apoiar levemente sua mão nas costas cobertas de Angélica e dizer, como que num ato solidário:
- Você pode contar comigo para o que precisar, Pipinha.
Ali o silêncio foi quebrado pelos risos moderados de ambos que relembraram o porquê daquele apelido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário