- E o que aconteceu depois, Má?
- Depois de eu não saber o que dizer?
- Mentira que você não disse nada...
- A única palavra que veio na minha cabeça na hora foi "sim", mas eu achei que eu é que devia pedí-la em namoro pra ela aceitar, entende?
- Ah tah, você pedindo a Isabel em namoro?! Fala sério, Marcelo.
- Tudo bem, tudo bem... Depois que ela me perguntou se eu a namoraria, tocou o sinal e eu acho que saí correndo pra aula de Matemática.
- Você correndo pra aula de matemática? Essa menina está mesmo mexendo com a sua cabeça. Mas e na sala, você não disse nada? Nem olhou pra ela?
- Ah Pipinha... Eu fiquei sem graça... E agora estou envergonhado de ter ficado sem graça.
Angélica achava tudo aquilo muito engraçado, a maneira como Marcelo falava a respeito de Isabel, como ele corava quando lembrava da conversa no intervalo e segurou-se para não rir quando viu Bela logo à frente, esperando pelo seu amigo. Com um tom nada encorajador, Angélica deu um empurrão em Marcelo antes de apertar o passo e sumir pela rua acima.
- Vai lá, garotão!
Conforme andava na direção de Isabel, sentia seu coração batendo mais e mais forte; podia jurar que havia uma bateria de escola de samba completamente desorganizada dentro do seu corpo. Seu maior desejo era ficar invisível, ou voltar no tempo para responder que namoraria Bela.
- Podemos conversar, Marcelo? Aliás, posso te chamar de Má?
- Sim e sim.
Ambos riram.
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