Sonhadora e decidida. Sua mãe Silvana sabia que quando crescesse, seria uma grande mulher: Angélica. Morava com seus pais na cidade grande, acostumada às correrias do dia a dia, problemas no trânsito e outras coisas que seu pai usava como desculpa pra não comparecer às festividades da escola.
Quando estava prestes a fazer oito anos, seus pais se separaram. Sabia que eles não conversavam decentemente há anos mas jamais imaginara que isso viesse acontecer logo em sua casa. A pequena Angélica ouviu cada palavra, compreendendo tudo pefeitamente, quando sentaram-se com ela para conversar:
- Filha querida, sua mãe e eu precisamos lhe dizer algumas coisas. Antes de mais nada, quero que você lembre que seu pai te ama profundamente e que daria a vida por você, princesinha.
Foi exatamente assim que aquela longa conversa começou e Angel não gostava de lembrar do final, quando seu pai pegou as chaves do carro e depois de um longo e apertado abraço as deixou. Fernando acabara de sair e Angélica podia ver a dor no corpo imóvel de sua mãe, que não se permitiu derramar uma só lágrima na frente da menina. Passada uma hora de silêncio absoluto na casa, agora grande demais, Marcelo bateu à porta.
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